Lendas

A primeira história se refere a uma certa noiva relacionada ao clima típico da região. A neblina presente na vila por muitos é chamada de “Véu da Noiva”, já que conforme o mito, a filhado Engenheiro chefe apaixonou-se por um operário brasileiro e no dia de seu casamento a mesma foi proibida de realizar a cerimônia pelo pai, resultando em seu suicídio em um precipício na mata. Após o ocorrido, a noiva vem visitar seu amado toda noite, caindo sobre Paranapiacaba seu véu gélido e mortal.

A interessante neblina que perpassa pela cidade durante grande parte do ano ocorre devido a topografia da região (escarpa). Escarpa é o nome dado a uma zona de transição entre diferentes províncias fisiogeográficas que envolve uma elevação aguda caracterizada pela formação de um penhasco ou uma encosta íngreme. Topografias como esta sempre apresentam pela manhã, em determinada época do ano, um quadro de nebulosidade cerrada, porque o vapor oriundo da evaporação em regiões mais baixas avança o relevo acima e se condensa com o resfriamento provocado pela elevação de altitude.

 

A segunda história comumente declamada pelos habitantes da vila gira em torno do mito do relógio, que diz respeito à escrita do número quatro em números romanos “IIII”, ao invés de “IV”. O mito relata que houve um acidente envolvendo a colisão entre dois trens, pois o maquinista que partiu da Estação Ferroviária de Paranapiacaba ao olhar para o espelho retrovisor para checar a hora do embarque confundiu os número IV com o número VI, trocando assim o horário do embarque, provocando o choque com outro trem.  Por isso gerou a necessidade da troca do número romano IV por IIII, para eliminar uma futura “confusão”.
Estudos históricos indicam que, na realidade, o uso do “IIII” ao invés de “IV” nos relógios que utilizam a numeração romana se dá por questões estéticas, já que enfatizavam a simetria.

 

 

A terceira diz que a residência mais imponente e mais luxuosa da vila de Paranapiacaba é o castelinho, que foi construída para ser a moradia do Engenheiro Chefe da ferrovia e de um ponto onde podia-se avistar todo o pátio e a vila, tendo o controle do trafego do local.

Esta residência foi habitada durante um período por apenas uma única família de um Engenheiro, pouco se sabe sobre os antigos moradores. Ele habitava o castelinho com sua esposa, filhos e genro.

Durante muito tempo a construção esteve abandonada e foi reformada em 2002, algumas pessoas afirmam que a residência é habitada pelo fantasma do engenheiro chefe e sua esposa, pois há relatos já foi visto o fantasma e ele se parece com o quadro do engenheiro que está pendurado na sala.

 

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